terça-feira, 15 de março de 2016

Mulheres FCCR: Entrevista com Miriam Cris

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e como ação dos 30 anos da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), este mês você confere uma série de entrevistas realizadas com as nossas colaboradoras, que contribuem para o crescimento e divulgação da cultura em São José dos Campos. É a série #MulheresFCCR. A primeira entrevistada é Miriam Cris, bacharel em economia e violeira, que trabalha na Fundação há 20 anos. Entrou pelo concurso de 1996 para o departamento financeiro, onde atuou por 14 anos. Depois, seguiu para o departamento de Cultura, em que está há seis anos. FCCR: Para você, o que é a valorização da mulher? Mirian Cris: Valorizar significa reconhecer que todas as pessoas, homens ou mulheres, têm as mesmas condições de exercer qualquer e toda atividade. FCCR: Você acha importante existir um Dia da Mulher para lembrar a sociedade disso? MC: Eu espero que um dia esta data não seja mais necessária para as pessoas lembrarem de que todos são iguais e que têm os mesmos direitos, mas no momento, ainda é importante. Enquanto tiver mulheres que sofrem qualquer tipo de violência e preconceito vai ser importante ter este dia. A igualdade se dá quando há respeito mútuo, então, quando isso acontecer não vai precisar desse dia. Igualdade é você saber das diferenças, saber respeitar as diferenças, e dar condições iguais aos dois gêneros para que possam exercer funções dentro da comunidade. FCCR: Qual a mulher que hoje mais te inspira? MC: Minha mãe. Ela é uma guerreira que me fez ser quem eu sou hoje, que me formou. É uma pessoa criada dentro de todos os preconceitos nas décadas de 50 e 60, na qual, tirando raras exceções, as mulheres eram criadas para serem donas de casa e obedecerem seus maridos. Minha mãe foi uma delas, mas quando eu nasci, ela quis me criar totalmente diferente dos moldes que ela foi. Ela fez de mim quem ela não pode ser,me dando formação suficiente para ser uma pessoa consciente dos meus direitos. E a partir da minha formação, ela também se transformou e conseguiu sua liberdade. FCCR: Qual recado você deixa para as mulheres da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, para este Dia Internacional da Mulher? MC: A valorização das mulheres é o reflexo da valorização que cada uma tem de si mesma. Então, a partir do momento que a pessoa tem postura e consciência de si mesma em relação à sociedade, essa consciência vai refletir o modo como os outros vão tratá-la. É preciso que nós sejamos conscientes de que somos capazes de fazer tudo e que não temos que baixar a cabeça para o sistema e nem para os homens. Temos que buscar um tratamento de igualdade e, a partir daí, construirmos um mundo em comum. A Fundação Cultural Cassiano Ricardo deseja a todas as mulheres uma vida de paz e respeito. Fonte: www.fccr.org.br

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